PRECIPITAÇÃO, VENTO E AGITAÇÃO MARÍTIMA - MEDIDAS PREVENTIVAS
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, para os próximos dias, um agravamento do estado do tempo em Portugal continental com precipitação, por vezes forte e persistente, vento e agitação marítima, destacando-se:
- Precipitação, por vezes forte e persistente, em especial nas regiões Norte e Centro;
- Vento, por vezes forte, na faixa costeira ocidental e nas terras altas;
- Agitação marítima a norte do Cabo Espichel com ondas até 3,5
Informação Hidrológica
De acordo com a informação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis:
- Bacia do Minho - no rio Minho poderá ocorrer um aumento de caudais, mas sem situações críticas. No rio Coura prevê-se uma potencial subida de caudais, recomendando-se o acompanhamento da situação hidrológica;
- Bacia do Lima - poderá ocorrer um aumento de caudais, mas sem situações críticas;
- Bacia do Cávado - poderá ocorrer um aumento de caudais, mas sem situações críticas;
- Bacia do Douro - poderá ocorrer um aumento de caudais, mas sem situações críticas;
- Bacia do Vouga - no rio Águeda poderá ocorrer um aumento de caudais, superior ao normal. Recomenda-se a intensificação da vigilância;
- Bacia do Mondego - poderá ocorrer uma subida de caudais no rio Mondego e as afluências a Coimbra poderão aumentar. Recomenda-se o acompanhamento da situação hidrológica;
- Bacia do Lis - poderá ocorrer uma subida de caudais no rio Lis, recomenda-se o acompanhamento da situação hidrológica;
- Bacia do Tejo – no rio Zêzere poderá ocorrer um aumento de caudais, mas sem situações críticas. No rio Nabão poderá verificar-se um aumento de caudais, recomenda-se o acompanhamento da situação hidrológica;
- Bacia das Ribeiras do Oeste - poderá ocorrer uma subida de caudais nos rios Arnoia e Alcoa, recomenda-se o acompanhamento da situação hidrológica.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Agravamento das condições meteorológicas adversas com precipitação, por vezes forte e persistente, vento e agitação marítima, sendo previsto nesse período:
- A ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
- A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- A instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
- Piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água;
- Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
- Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
- MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
- Não estacionar veículos em zonas e garagens potencialmente inundáveis;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.