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Aviso à população – 06.01.2023
Chuva, vento e agitação marítima - Medidas preventivas
publicado a 6 de janeiro de 2023

 1. SITUAÇÃO 

Situação Meteorológica: 

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se para as próximas 48 horas um agravamento das condições meteorológicas (chuva, vento e agitação marítima), salientando-se o seguinte: 

Amanhã (sábado), 7 de janeiro: 

Precipitação, por vezes forte e persistente, no litoral a norte do Cabo Mondego, sendo o período mais crítico entre as 3h e as 12h, com acumulados entre 50 a 70 mm/12h, em especial no Minho, e entre 30 a 50 mm/12h no Douro Litoral, passando a regime de aguaceiros a partir da tarde nas regiões Norte e Centro (até 30-40 mm/12h). Possibilidade de queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela. 

Domingo, 8 de janeiro: 

Precipitação, por vezes forte e persistente, no litoral a norte do Cabo Mondego, sendo o período mais crítico entre as 9h e as 15h com acumulados entre 50 a 70 mm/12h, em especial no Minho e no distrito de Vila Real, e entre 30 a 50 mm/12h, em particular no Douro Litoral, passando a regime de aguaceiros a partir da tarde nas regiões Norte e Centro, com acumulados até 30 a 50 mm/12h; 

Vento de sudoeste forte (até 50 km/h) na faixa costeira ocidental e nas terras altas, com rajadas até 80 km/h, em especial no litoral Norte, rodando gradualmente para oeste a partir da tarde. 

Agitação marítima forte na costa ocidental, com ondas de noroeste com 5 a 6 m (podendo atingir 11 m de altura máxima) a partir da tarde de sábado até ao final do dia de domingo, 8 de janeiro. 

Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt 

Informação Hidrológica Relevante: 

De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), é expectável que ocorram, nas próximas 48 horas, um aumento das afluências a várias bacias, podendo causar inundações nas zonas ribeirinhas e em zonas urbanas historicamente vulneráveis, de acordo com o seguinte: 

Bacia hidrográfica do Minho: as afluências no rio Minho poderão aumentar significativamente. Podem ocorrer inundações em Caminha, Monção e Valença; 

Bacia hidrográfica do Lima: as afluências na sub-bacia do rio Vez poderão aumentar significativamente provocando inundações. As afluências a Ponte da Barca e Ponte de Lima irão aumentar, e podem ocorrer inundações; 

Bacia hidrográfica do Cávado: os caudais do rio Homem e do Cávado a jusante da Caniçada podem ser superiores a 300 m3/s. As afluências no rio Este e Cávado irão aumentar, podendo provocar inundações em Braga, Barcelos e Esposende; 

Bacia hidrográfica do Ave: poderá haver um aumento significativo de caudais em Santo Tirso; 

Bacia hidrográfica do Douro: as afluências a Crestuma vão ser elevadas, face ao aumento de caudais do Tâmega (Chaves, Amarante). Rio Sousa (Paredes) poderá ter um aumento significativo das afluências. Haverá um aumento das afluências à foz do Douro (Porto, Vila Nova de Gaia) que poderá ser agravado com a maré; 

Bacia hidrográfica do Vouga: poderá ocorrer uma subida do rio Águeda, caso se verifiquem a precipitação prevista. No rio Vouga poderá ocorrer um aumento de afluências à Região de Aveiro; 

Bacia hidrográfica do Mondego: as afluências ao baixo Mondego poderão aumentar, não são expectáveis situações críticas. 

Acompanhe a situação das bacias hidrográficas em www. apambiente.pt 

2. EFEITOS EXPECTÁVEIS 

Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos: 

− Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; 

− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; 

− Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo; 

− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública; 

− Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água. 

3. MEDIDAS PREVENTIVAS 

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente: 

− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; 

− Não se expor às zonas afetadas pelas cheias; 

− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; 

− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; 

− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais; 

− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias; 

− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; 

− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima; 

− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança. 

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