Condições meteorológicas adversas
PRECIPITAÇÃO INTENSA, VENTO E AGITAÇÃO MARÍTIMA FORTE – MEDIDAS PREVENTIVAS
AUTORIDADE NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL
1. SITUAÇÃO
De acordo com a informação meteorológica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 36 horas, precipitação forte e persistente, vento e agitação marítima forte, salientando-se:
− Precipitação forte e persistente a partir da tarde de hoje (18OUT), com possibilidade de exceder 40 mm numa hora e 60 mm em 6 horas, podendo acumular 60 a 90 mm em 24 horas no Minho e Douro-Litoral e na região Centro e 40 a 60 mm em 24 horas em grande parte do restante território;
− Vento muito forte com rajadas até 120 km/h nas regiões Centro e Sul;
− Agitação marítima forte, com ondas de 5 a 7 metros.
Acompanhe a informação meteorológica em www.ipma.pt
INFORMAÇÃO HIDROLÓGICA
Informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA):
− Bacia Hidrográfica do Minho: não são expetáveis situações críticas;
− Bacia hidrográfica do Lima: na sub-bacia do rio Vez poderá haver aumento das afluências que poderão provocar inundações nas povoações ribeirinhas em Arcos de Valdevez;
− Bacia hidrográfica do Cávado: devido à previsão de forte precipitação, poderão ocorrer inundações urbanas em Braga;
− Bacia hidrográfica do Ave: na bacia do rio Ave (Santo Tirso) poderá ocorrer um aumento significativo das afluências;
− Bacia hidrográfica do Douro: nas sub-bacias do rio Tâmega (Amarante) e rio Sousa (Paredes) as afluências poderão ter um aumento de caudais, mas sem inundações fluviais;
− Bacia hidrográfica do Vouga: Está prevista precipitação elevada a montante de S. Pedro do Sul (Vouga), bem como a montante da cidade de Águeda (rio Águeda e rio Alfusqueiro), pelo que é expectável um aumento dos caudais nestas bacias hidrográficas;
− Bacia hidrográfica do Mondego: devido à previsão de forte precipitação, poderão ocorrer inundações urbanas;
− Bacia hidrográfica do Tejo: não são expectáveis situações críticas;
− Bacia hidrográfica do Sado: as precipitações na sub-bacia do Livramento são muito elevadas podendo ocorrer inundações em Setúbal.
Informação hidrológica em www.apambiente.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Os episódios típicos das estações de transição, com a ocorrência das primeiras chuvas acompanhadas de vento forte, são propícios:
− À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
− A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
− A originar instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
− À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
− Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
− Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
ANEPC | Divisão de Comunicação e Sensibilização