Nos tempos mais antigos, a castanha teve um papel preponderante na alimentação do povo da Lousã, assim como as hortaliças, caça, alguns produtos de animais domésticos, juntamente com pão e trigo e centeio. Depois vieram o milho e a carne de açougue, e mais tarde a batata, arroz e peixe seco (bacalhau e outros), o peixe de água doce - truta e bogas desde há muito são utilizados uma vez que estavam acessíveis no rio Arouce ou mesmo no Ceira.
Gastava-se uma maior quantidade de azeite, mas relativamente pouco vinho. O arroz doce nunca falta nos casamentos, com belos desenhos e letras bordadas com canela. Nos últimos tempos do século XIX a alimentação da maior parte dos Lousanenses resumia-se ainda à broa (em geral de milho amarelo, moído nas muitas azenhas espalhadas ao longo dos rios e levadas), hortaliças (couves e nabos), batatas, feijão, arroz, sardinha, azeitonas e bacalhau (sobretudo na Quaresma). Só em dias de festa é que comiam carnes e tempero de carne de porco. As sopas em geral continham pouco caldo, ou eram quase secas, eram postas sobre broa esfarelada e abundantemente regada com azeite no prato.
Estes usos e costumes culinários foram não só sendo preservados, mas também aprimorados, ao longo dos tempos, evoluindo para deliciosos pratos tais como Chanfana, Cabrito, Sardinha Albardada, Migas, Serrabulho e Tigelada Lousanense, os quais podem ser apreciados nos Restaurantes do Concelho.